A Prelatura da Santa Cruz e Opus Dei ou simplesmente Opus Dei (em latim Obra de Deus) é uma instituição hierárquica da Igreja Católica, uma prelazia pessoal, composta por leigos, na sua maior parte casados, e por uma pequena porcentagem de sacerdotes. Tem como finalidade participar da missão evangelizadora da Igreja.
A Opus Dei está presente em 61 países, conta com 85 mil membros, dos quais 98% são leigos e apenas 2% sacerdotes.
Por sacerdotes, entenda-se padres e não monges, pois na Opus Dei não pode haver lugar para monges – religiosos que se dedicam ao isolamento e à vida meditativa – uma vez que o propósito essencial da organização é se integrar à sociedade para tentar torná-la efetivamente cristã. Com esse intuito, a organização mantém inclusive um site na Internet.
A Opus Dei se estrutura de maneira hierárquica e seus membros se dividem em três categorias. Em primeiro lugar, vêm os numerários que detêm os postos de liderança e promovem a formação espiritual dos outros integrantes. São também responsáveis pela expansão do grupo, fundando novos centros da organização. Os numerários vivem nesses centros e fazem voto de castidade. Podem trabalhar, mas seus salários alimentam os cofres da instituição.
Depois, há os supernumerários, que constituem cerca de 70% dos membros do grupo. Eles vivem em suas próprias residências e são livres para casar. Contribuem financeiramente com a Opus, mas possuem patrimônio próprio. Finalmente, existem os associados, que embora vivam em suas casas, também fazem voto de abstinência sexual.
Mortificação:
Na Opus Deis, é comum o uso do cilício (como voto de castidade), uma corrente de metal com pontas que se usa na coxa duas horas por dia, e a “disciplina”, uma corda com nós que o fiel usa para se golpear nas costas ou nas nádegas, uma vez por semana, enquanto faz suas orações.
Para uma sociedade como a nossa, que cultua o prazer sob todas as suas formas, a procura do aperfeiçoamento espiritual a partir dessas práticas ascéticas pode parecer uma forma de neurose, uma manifestação de puro masoquismo.
A mortificação corporal, que é praticada com moderação e senso comum, pertence ao patrimônio espiritual da Igreja e é entendida como um sacrifício mental ou físico aos olhos de Deus. Pode cingir-se à renúncia de algum alimento pelo qual a pessoa que se mortifica tenha preferência ou simplesmente por não beber água imediatamente quando se tem sede, por exemplo. Estes sacrifícios são vistos como uma união à paixão e à cruz de Jesus Cristo e, portanto, como meio de participação na Redenção. Muitos santos a praticaram.
Em todo o mundo, o Opus Dei passou a receber grande dose de atenção dos meios de comunicação devido à publicação do livro “O Código da Vinci” (em que dois membros da prelazia, um deles inclusive um fanatico religioso desprovido de bom estado psicológico, usam de fins violentos para defenderem segredos da igreja católica), e, no Brasil, pela divulgação de que o ex-governador do estado brasileiro de São Paulo, Geraldo Alckmin, faria parte da Obra. Por sua vez, Alckmin sempre negou ter qualquer vínculo com o Opus Dei.
Fonte: http://tilesexperts.com/wordpress/a-santa-inquisicao/opus-dei/
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