Wilhelm Reich era um discípulo renegado de Freud que descobriu um tipo de energia chamada de orgone libidinal que flui ao longo de "sete segmentos" do corpo e ondulações lentas como o movimento do intestino ou cobra. "
Na maioria de nós, somos programados sociais culturalmente, nossa vida evasiva nos bloqueia desde crianças, endurecendo nossos músculos como se fosse uma "armadura corporal".
Então desviados da vida, a energia estagnada se torna uma máquina que se parodia a si mesma, retardando e distorcendo as emoções humanas, tornando a priori expressões saudáveis, como amor e vício em sexo, ressentimento e medo.
Em outras palavras, os obstáculos asfixiantes impostos pelo exoesqueleto causa invisível sofrimento, ampliando assim a divisão do corpo / mente e criam as condições necessárias para o desenvolvimento do cancro (em indivíduos) e fascismo (na sociedade) .
O Reike é previsto para despertar a "armadura corporal".
Ele descobriu que os eventos aleatórios de grande intensidade emocional podem desencadear o orgone que escala os sete segmentos do corpo espontaneamente, as reservas de purga reprimida de energia emocional, causando uma vibração no corpo incontrolável, quebrando a noção de "armadura, armadura corporal. "
O Fluxo Energético na Ascenção da Kundalini
Wilhelm Reich afirmava que essa energia vital, que ele chamava de orgone,estava diretamente ligada a todas as nossas vísceras. Envolvendo-as fica uma camada energética mais externa, composta dos músculos e da pele, que dão a forma física ao corpo. E por fim, externamente, nossa energia vital forma um campo energético, ligado profundamente às vísceras e se diluindo à medida que se afasta do corpo físico.
Existe um movimento energético contínuo de contração e expansão entre o cerne (nossas vísceras) e a periferia. A expansão energética faz com que a pele fique quente e brilhante e a sua contração faz com ela perca sua vitalidade, ficando fria e sem brilho, quase acinzentada. Esses movimentos se fazem, mais intensamente, nas áreas correspondentes aos Chakras principais, mas ocorre em todos os locais onde há Chakras.
Além desse pulsar, a energia vital flui em ondas, através do corpo, usando dois circuitos energéticos: um superficial e um profundo. Ambos os fluxos se iniciam na região sacral, ascendem posteriormente pela pelve, dorso, costas, nuca e cabeça e descem anteriormente pela face, tórax, abdome e púbis, até chegar aos membros inferiores, de onde ascendem novamente pela face posterior das pernas até a região sacral novamente.
O circuito energético superficial está ligado aos nossos músculos e pele, e se move através de nossos músculos estriados (voluntários), e nos faz interagir com o aparente mundo externo material. É esse fluxo energético que nos faz ter a consciência da existência de um ego pessoal, com o qual percebemos a “realidade” externa e a interna, e buscar uma harmonização entre elas (homeostase). Quando esse circuito está fluindo livre de quaisquer bloqueios, nos sentimos seguros na realização de nossas tarefas e fazemo-las de forma prazerosa: o nosso êxito nos dá uma grande sensação de prazer.
Já o circuito energético profundo está ligado a nossas vísceras e aos músculos lisos, interligando-os. Esse fluxo se faz de forma suave e fluida. É ele o responsável por nossa sensibilidade, que nos faz perceber, no corpo, nossos sentimentos, emoções e anseios mais profundos. Reich se referia a essas sensações viscerais como a nossa Essência. Quando esse circuito está fluindo livre de quaisquer bloqueios, nos sentimos amorosos, criativos, íntegros, voltados para a realização pessoal e com a sensação de se estar em comunhão com a vida.
Durante os exercícios espirituais (alguns descritos no próximo capítulo), quando se mentaliza o fluxo do ar, na respiração, fluindo pelos canais sutis (exercícios de pranayama), a energia vital realmente passa a fluir por eles. Essa mentalização nasce da dimensão hárica (Cf. adiante), na forma de intencionalidade. Há uma intenção em se fazer esse fluxo energético e essa intenção age, através do Tan-t’ien inferior, no corpo astral, fazendo o Ch’i fluir. Os efeitos desse fluxo no organismo são descritos no final do capítulo.
Para o taoísmo, a força espiritual da intenção (tan) está plantada no Tan-t’ien (3,5 cm abaixo do umbigo) e pode ser ativada pela respiração nesse ponto. Então, levar Ch’i pela respiração ao Tan-t’ien é a forma de ativar nossa energia interior. Essa energia interior é responsável pela autopreservação (instintos básicos que originam o medo e a raiva, a sede e a fome) e pela preservação da espécie (sexualidade). Ativado, o Tan-t’ien faz circular o Ch’i pessoal pelos canais e meridianos, levando vitalidade a todo o organismo, energia que assume a forma física nos diversos líquidos corporais.
Dessa forma, quando a energia (o Ch’i ou Prana), movida inconscientemente pela respiração, atinge o segundo Chakra,ela é incorporada ao sêmen (espermatozóide) ou ao fluxo menstrual (óvulo). No terceiro Chakra ela é incorporada a todas as secreções gastrintestinais e de suas glândulas associadas (fígado e pâncreas). No quarto Chakra e no Chakra do baço a vitalidade segue com o sangue e com a linfa, no quinto Chakra está junto com as secreções respiratórias e no sexto com a salivação.
Todas esses líquidos corporais são passíveis de perda, diminuindo a vitalidade e encurtando a vida. Somos um grande acúmulo de energia, materializada em nossa água corporal, que é responsável por 70% da nossa constituição física. As principais funções da água nos organismos vivos relacionam-se ao transporte das substâncias reguladoras dos processos vitais e à manutenção das estruturas celulares dos tecidos. Dez por cento da água contida no corpo humano se encontra no sangue, vinte por cento se localizam nos interstícios celulares e os setenta por cento restantes ocupam o interior das células. O abdome humano, onde a água está mais presente, é conhecido pela filosofia taoísta como região das águas.
A respiração abdominal consciente (como nos exercícios de pranayama) traz o fogo de Li (nome dado pelos taoístas ao terceiro Chakra) para a região das águas (abdome), ou em outras palavras, faz a energia vital do ar passar pelo terceiro Chakra em direção ao segundo Chakra durante a inspiração. Isso transforma o ching (nome taoísta da substância sexual presente no sêmen e nos óvulos e fluxo menstrual) novamente em Ch’i (energia vital) 27:83. Com o ching transformado em Ch’i, esse prossegue ao primeiro Chakra, no períneo, e daí pode percorrer, mentalmente através do Nadi Sushumna, por todos canais e meridianos do corpo. Para o taoísmo, se essa energia retornar a circular pelo corpo, a vida será prolongada. O objetivo último do taoísmo é tornar o corpo físico imortal.
Quando a alimentação é adequada, ou é ausente (no jejum e no “viver de luz”), menor é a necessidade de Ch’i gasto na digestão, e essa energia vital pode ser usada para circular pelo corpo sutil. Da mesma forma, o acalmar da circulação sangüínea (pelo acalmar do coração) também economiza Ch’i. A circulação do Ch’i pelos canais sutis, faz com que eles se dilatem. Esse “preparo” faz com que Sushumna possa ser capaz de suportar a ascensão da energia primordial (Kundalini),energia essa mais densa. Esse é um processo longo e gradual que, como já dito antes, deve ser orientado por alguém treinado, um Mestre ou Guru que já tenha passado por esse processo. O perigo reside em se forçar a subida da Kundalini por um canal delicado demais, “queimando-o” e danificando-o, com conseqüências irreversíveis aos veículos (físico, emocional e mental) da alma humana. Por outro lado, à medida que o Ch’i prepara Sushumna e a Kundalini sobe, diversas transformações físicas, emocionais, mentais e espirituais vão acontecendo, de acordo com o Chakra atingido.
De início, a ascensão da energia primordial se faz involuntariamente, levando às maravilhosas experiências já descritas no Capítulo I. Esse é o resultado de um processo diário de exercícios espirituais (pranayamas e meditação), que fazem circular o Ch’i. Nessa circulação, a energia vital que foi depositada em líquidos corporais é re-transformada em Ch’i e sempre que essa energia passa pela porção anterior do sexto Chakra, se forma o néctar divino, um líquido semelhante à saliva, mas adocicado, que deve ser deglutido para retornar ao organismo (abdome) e ser re-transformado em Ch’i. Analogamente, sempre que o Ch’i passa pelo Chakra coronário, a energia vital se transforma em energia espiritual e energia do vazio, ou, segundo os taoístas: Ch’i se transforma em shen (espírito), a cada inspiração, e em shu (vazio) a cada expiração 27:88.
À medida que aumenta a energia espiritual, maior é o trabalho em Sushumna, de forma que as subidas da energia primordial (Kundalini) se tornam cada vez mais freqüentes e cada vez mais voluntárias. No nível mais alto de meditação, quando a Kundalini atinge voluntariamente, sob o comando intencional do Tan t’ien (da dimensão hárica), o Chakracoronário, adquire-se a capacidade de abandonar o corpo, voluntariamente através desse ponto. Transcende-se a vida e a morte.
BLOQUEIOS ENERGÉTICOS
Podemos separar o corpo humano em sete zonas energéticas, como sete faixas transversais, cujas trocas energéticas com as vísceras locais se fazem independentemente. São os anéis: visual, oral, cervical, peitoral, diafragmático, abdominal e pélvico. Quando algum desses anéis está bloqueado (o fluxo entre as vísceras e a periferia está prejudicado), o fluxo energético superficial fica estagnado e perdemos a conexão com o nosso corpo e com o mundo material a nossa volta. Podem surgir inseguranças, ausência de prazer na vida e nas realizações pessoais. E mais, quando o bloqueio se faz muito intenso, há também o bloqueio do circuito profundo, ocasionando perda da criatividade, da amorosidade e da comunhão com a vida.
Durante a nossa vida, formamos um ego que é o resultado de nossa busca por amor e proteção, identidade sexual, poder pessoal e autoconfiança. Todas as dificuldades que surgem no caminho, e as soluções que damos a elas, geram marcas energéticas (emocionais e mentais) que ficam impressas na forma de bloqueios energéticos em algum dos anéis (relacionados com algum centro energético-informativo sutil). Esses bloqueios nos fixam, na maioria das vezes, em comportamentos infantis que se repetem na vida adulta, pois estão registrados energeticamente em nosso corpo.
Todas as negatividades são capazes de gerar bloqueios em nossa rede energética sutil, principalmente nos Chakras, e impedir o fluir energético saudável que deve ocorrer normalmente. Esses bloqueios, energias estagnadas de nossas feridas psicológicas, emoções destrutivas ou sentimentos e pensamentos negativos, na verdade obstruem o livre fluxo da energia pelos Chakras, impedindo-os de irradiar a energia corretamente e desarmonizando o nosso ser. E esses bloqueios repercutem no corpo na forma de dores, acúmulos de gordura, perda da harmonia visual com o resto do corpo (um tórax muito volumoso, em comparação com o abdome ou vice-versa, etc.), ou tensões musculares localizadas.
Energeticamente, paulatinamente se forma uma camada intermediária, entre a periferia (músculos e pele) e o interior (nossas vísceras), onde se depositam todos os nossos anseios, repressões, dores e raivas, que foram reprimidas durante o nosso crescimento, e essa camada isola nosso ego, energeticamente, de nossas sensações viscerais, de nossos sentimentos e emoções verdadeiras, que Wilhelm Reich chamava de nosso Eu ou Essência: nossa fonte interna de energia e prazer. Essa camada energética, plena de todas as nossas emoções reprimidas, é um núcleo de nossas negatividades, que é mantida através de uma tensão muscular constante e fica mais densa principalmente na pelve, devido a um bloqueio energético profundo no anel diafragmático.
Finalmente, formamos uma camada energética superficial, que envolve aquela camada da negatividade resultante de nossos bloqueios, e passamos a acreditar que somos esta camada e não a nossa Essência. O ego passa a se identificar não mais com a Essência, mas sim com essa “Máscara”, e assim passamos a depender do meio-ambiente para ter energia e prazer e não mais da Essência para isso. A energia de nossa Máscara é mais densa em nossa cabeça e a da Essência é mais densa no coração. Reich chamava essas três camadas de Deus, ou nossa parte divina (a camada energética mais profunda, mais densa no coração), o diabo, ou nossa negatividade (mais densa em nossa pelve) e o homem, ou nossa adaptação social à vida (a Máscara, mais densa em nossa cabeça), separadas por bloqueios nos anéis diafragmático e cervical.
É por isso que quando se aplicam técnicas que atuam energeticamente desfazendo bloqueios (como as massagens, os florais, a homeopatia, o Reiki, etc. – Cf. no próximo capítulo), diminui-se a rigidez física e essas energias bloqueadas são dissolvidas e retornam à mente consciente, na forma de lembranças das circunstâncias desagradáveis que geraram aqueles bloqueios junto com todas as sensações associadas de ressentimentos, mágoas, raivas ou ciúmes, etc.. A energia que antes mantinha a nossa camada intermediária fixa se desfaz e é reincorporada ao fluxo energético natural.
Em geral, os bloqueios segmentares geram sintomas que surgem como queixas mentais, emocionais ou até físicas, de acordo com o Chakra atingido, já descritos anteriormente quando falamos sobre os Chakras principais. Cabe aqui acrescentar apenas algumas particularidades sobre o anel oral, cujo bloqueio traz anorexia ou voracidade, pois descrevemos apenas um Chakra no crânio (o frontal) e existem dois anéis, o visual e o oral.
Para mais informações sobre esse trecho, clique no link abaixo
Polêmica: A Caixa de Energia Orgônica de Wilhelm Reich
Autor:
Orgone Skies
O Orgone e Wilhelm Reich “Aviso – A utilização indevida do Acumulador de Orgone pode levar a sintomas de overdose. Por favor, saia da proximidade do acumulador e chame o seu médico imediatamente!” Estas seriam as palavras do genial Dr. Wilhelm Reich, pai da energia orgone (também conhecido como chi ou energia vital) e ciência da orgonomia. Wilhelm Reich desenvolveu um dispositivo de metal revestido e o chamou de Acumulador de Orgone, acreditando que a caixa represava energia orgônica que ele poderia aproveitar em abordagens inovadoras para a psiquiatria, medicina, ciências sociais, biologia e pesquisas meteorológicas. A História Oficial A Energia do Orgone
A descoberta do Orgone por Wilhelm Reich teve início com sua pesquisa baseada na bio-energia física para as teorias de Sigmund Freud de neurose em seres humanos. Wilhelm Reich acreditava que experiências traumáticas bloqueavam o fluxo natural da energia vital no corpo, levando à doença física e mental. Wilhelm Reich concluiu que a energia libidinal que Freud teorizava é a energia primordial da própria vida, ligada a mais do que apenas a sexualidade. O Orgone estava em toda parte e Reich mensurava esta energia em movimento sobre a superfície da terra. Ele ainda determinou que o seu movimento influencia na formação do tempo.
O Acumulador de Orgone
Problemas com a FDA.
Em 1954, o FDA emitiu uma ordem de injunção (ordem expressa) contra Reich, alegando que ele tinha violado a Lei de Alimentos, Medicamentos e Cosméticos, entregando dispositivos adulterados no comércio interestadual e fazendo declarações falsas e enganosas. A FDA chamou os acumuladores uma farsa e energia orgone inexistente. Um juiz emitiu uma liminar que ordenou que todos os acumuladores alugados ou de propriedade de Reich e os que ele trabalhava fossem destruídos e toda a rotulagem referentes à energia orgone destruídas. Reich não compareceu pessoalmente no processo judicial, defendendo-se por carta . Dois anos depois, Wilhelm Reich foi preso por desacato à autoridade da liminar, com base nas ações de um associado que não obedecera a ordem e ainda possuía um acumulador. Em 03 de novembro de 1957, Wilhelm Reich morreu na sua cela de uma insuficiência cardíaca. Em sua última vontade e testamento, ordenou que suas obras ficassem seladas durante cinquenta anos, na esperança de que o mundo seria um dia um lugar melhor para aceitar as suas máquinas maravilhosas.
“Orgone” é o nome que o Dr. Reich deu ao que costumamos chamar de Chi, a força vital. Ele descobriu que a energia orgone é atraída para materiais orgânicos, como algodão, lã, couro, seda, água e os tecidos dos organismos vivos. Em contato com o metal, ela é imediatamente descarregada. Ocorreu-lhe que, se metal e algodão fossem mergulhadas em uma seqüência alternada, o campo magnético da atmosfera (orgone), que está sempre presente e já interage com o sistema de meridianos, tornaria-se cada vez mais concentrado. Ele estava certo. Isso realmente acontece, e é um campo de energia natural muito agradável para o corpo a receber.Estudos científicos mostram que a travesseiros com energia orgone são milagrosos para queimaduras e lesões de todos os tipos. Eles podem apressar a cicatrização de ossos quebrados, bem como encurtar o tempo de cura da gripe das infecções virais e bacterianas, e muitas outras coisas. O tempo de exposição varia de acordo com as necessidades da pessoa.Reich nunca chamou esta energia de Senhor (The Lord), mas ele percebeu que essa energia libidinal estava em toda parte e foi atraída para os seres vivos, especialmente metais e cristais. O programa foi aproveitá-la e recolhê-la.
Reich afirmou que a vida se baseou em fenômeno bioenergético, e caracterizada pela pulsação da bioenergia, como acontece com batimentos cardíacos, respiração, e as funções da bexiga. As emoções e sexualidade, ele argumentou, também seguiram uma pulsação básica similar a da bioenergética, uma ótima saúde exigiu expressão emocional aberta e de liberação sexual periódica de bio-energia acumulada. (Muitos acreditam que este é o orgasmo e não é.) Ele mediu assinaturas bioelétricas das experiências subjetivas afetivas-sexuais humanas utilizando medidores millivolt super sensíveis, interpretando-as como expressões de uma determinada energia de vida “bio-elétrica”. Mais tarde, ele observou e desenvolveu medidas objetivas para identificar campos energéticos em torno dos seres humanos e outras formas de vida, incluindo os micróbios, e alegou que a mesma bioenergia carregava a matéria sem vida e ela existe na forma livre na atmosfera. Ele argumentou que o “orgone” tinha uma semelhança com o antigo conceito de éter cosmológico do espaço. O acumulador de orgônio foi desenvolvido como uma forma objetiva de captar esta energia da atmosfera e, posteriormente, alegou ter dois efeitos anômalos biológicos e físicos. Reich também projetou um dispositivo chamado de “cloudbuster”, que poderia dispersar as nuvens e produzir chuva.
Usando poucas palavras para descrevê-lo, podemos usar estas:O que surpreendeu o Dr. Reich foi o fato de que, por mais de dois mil anos, a presença desta energia orgone foi negligenciada ou censurada sempre que um estudioso tentava descrever o que via. O Dr. Reich descobriu que o orgone é nada menos do que a energia responsável pela pulsação biológica da vida na Terra (e possivelmente do universo).
Perguntas simples, respostas não tão fáceis…
- Se o orgone não existisse, por que o governo federal americano se comportaria tão militantemente em suas tentativas de remover qualquer menção ao nome Orgone do mundo editorial, da imprensa e das mentes das pessoas?
- Por que o governo federal deu uma sentença de morte a um homem de idade respeitadíssimo se ele insistisse em continuar seus estudos de algo que segundo eles não existia mesmo?
- O governo federal usou sua autoridade para proibir muitas tecnologias viáveis e úteis. Devemos aceitar a posição do FDA que a energia orgônica não existe mesmo?
- Ou é do nosso interesse ter um outro olhar para o trabalho do Dr. Reich e sua polêmica teoria da energia da vida?
- Mais importante ainda, pode a energia orgone ser usada para ajudar a neutralizar as energias negativas que tanto permeiam o nosso mundo moderno?
Papo de professor e aluno PENSAMENTO FUNCIONAL COMUMReprodução de uma aula de Wilhelm Reich com seus alunos no Instituto Orgone.
REICH: O que é o orgônio? O que queremos dizer com a palavraorgônio? O orgônio é uma abstração da mente. O que nós vemos são suas manifestações. Você nunca deve confundir a palavra com o que você vê. Como eu sei que o que vemos no telescópio é orgônio? Nós dizemos que é orgônio, mas como o sabemos? O que constitui a real descoberta? Você nunca tem uma descoberta com um fato; não vamos dizer “fato”, vamos dizer “função”. Mas quando eu vi que o movimento na atmosfera era correlacionado com To-T (a diferença entre a temperatura do ar dentro do acumulador de energia orgônica e a de fora do acumulador) e com o eletroscópio, então eu tinha algo. A descoberta consiste no entrelaçamento dos fenômenos. Você sempre tem pelo menos duas funções. No funcionalismo, você não pode pegar um problema individual e tentar resolvê-lo dentro de seu campo.
ALUNO: Por que o Senhor sempre procura duas funções? Por que duas?
REICH: Porque sempre há duas funções no Pensamento Funcional Comum, onde quer que você olhe: macho/fêmea, pólo norte/pólo sul, negativo/positivo na eletricidade. Sempre existem duas, nunca mais do que duas.
ALUNO: Mas não é um ou outro? Não está em Aristóteles? Eles não dizem que os opostos se atraem?
REICH: Claro, eles tinham dois opostos. Kant tinha isso, como Aristóteles e Marx tiveram. Mas o que é novo em nosso pensamento? É o principio de funcionamento comum. Isto nunca teve antes.
ALUNO: Mas por que o Senhor escolhe duas? Por que não, três?
REICH: Esta questão é desnecessária. Não fui eu que escolhi isso, “isso me escolheu”. Eu sei qual é o seu problema. Você vem da filosofia, aonde se chega às coisas com idéias preconcebidas, com princípios. Isto é o que a maioria das pessoas faz. Mas você não pode mudar a natureza conforme você quer. Eu diria que isto é o que está errado com a filosofia natural até agora - Eu não digo isto com maldade, mas com toda modéstia! Eles não deixam a natureza falar por si mesma. Eu tentei muito desaprovar meu raciocínio. Eu tentei encontrar onde não existiam duas funções unidas num Pensamento Funcional Comum, mas não consegui. Agora não me venha com opiniões, mas me dê um exemplo de onde existe mais do que duas.
ALUNO: E a estrela do mar?
REICH: Esse exemplo é pobre; é mecânico. Isto é forma, não é função. Eu vejo o que lhe confunde. Existem tantas coisas que parece duro acreditar que tal modo de raciocínio seja
aplicável. Quando você vai muito alto na natureza, você não pode usá-lo. Você deve ficar no básico. Pegue as emoções, nós encontramos prazer e angústia unidas num Pensamento
Funcional Comum de bioenergia. Quando vemos “angústia” num paciente, o que procuramos?
aplicável. Quando você vai muito alto na natureza, você não pode usá-lo. Você deve ficar no básico. Pegue as emoções, nós encontramos prazer e angústia unidas num Pensamento
Funcional Comum de bioenergia. Quando vemos “angústia” num paciente, o que procuramos?
ALUNO: Procuramos pelo impulso.
REICH: Certo, e então nós vemos o que une os dois. Um bom terapeuta sempre toma um par de cada vez, ele não fica pulando de um para o outro.
ALUNO: Mas por que o Senhor se detém no impulso? Por que o Senhor não procura por outra coisa?
REICH: Porque eu devo me confundir? Isso não funciona.
ALUNO: A pessoa não tem que buscar a “exceção”? Se houver uma exceção, ela aparecerá.
REICH: Exatamente. Ela aparecerá no trabalho.
ALUNO: Então, esse é o seu método de estudo.
REICH: Não o meu método de estudo, mas meu instrumento de estudo — como uma espátula. Por que você está tão interessado no método?
ALUNO: Porque não podemos trabalhar sem ele.
ALUNO: Por falar nisso, eu vi luzes na noite passada, e nós estávamos imaginando se eram luzes de carro ou da aurora boreal. Agora... podemos achar o Pensamento Funcional Comum delas duas?
ALUNO: Por falar nisso, eu vi luzes na noite passada, e nós estávamos imaginando se eram luzes de carro ou da aurora boreal. Agora... podemos achar o Pensamento Funcional Comum delas duas?
REICH: Sim, luminosidade. Mas elas estão muito distantes uma da outra. Temos que comparar coisas mais próximas, que estejam em contato direto entre si, como o esperma do macho e o óvulo da fêmea, ou homem e mulher. Você não pode comparar uma ameba e um ser humano. Eles estão muito distantes.
ALUNO: Ou a pessoa não pode comparar maçãs e cavalos.
REICH: Certo. O par deve ser próximo um do outro. E você não pode nunca examinar mais do que um par de cada vez. Esta é uma regra sagrada.
ALUNO: Qual é o Pensamento Funcional Comum de identidade e antítese?
REICH: O próprio funcionamento. Um homem pode ser pai, poeta, amante. Ele tem isso tudo nele, mas ele não pode ser isso tudo de uma vez. Ele tem que estar em uma função de cada vez, não pode ser tudo junto. Ser um cientista e um pai é totalmente diferente.
ALUNO: Mas eles se influenciam.
REICH: É... isso sim. Eles se influenciam um ao outro.
ALUNO: O que a maioria das pessoas faz é tentar ser tudo de uma vez.
REICH: As pessoas nunca seguem um assunto, uma função, porque isso as leva mais e mais fundo. Portanto, elas sempre se desviam, elas nunca seguem completamente. Você nota isso numa conversa social. Elas começam um assunto, então pulam para outro. Elas não estão realmente interessadas no assunto, mas somente em falar, em ter contato pessoal. Observando as funções sozinhas, elas não lhe dizem nada. Você tem que observar as mudanças nas funções. Por exemplo, uma pessoa me procura com uma cara simpática, parece uma boa pessoa, mas eu não sei. Eu tenho que ver ela mudar. Primeiro observação, depois abstração, depois experimentar controlar as observações e as abstrações. Não há limite para a nossa pesquisa porque a natureza é basicamente uma. A ciência mecanicista a divide; é o modo de variação. Não existem realmente coisas como física, química, biologia, psicologia. Existem sim, mas a natureza não as conhece. Nós sempre nos movemos em direção ao simples. Esta é a força da nossa terapia, nós nos movemos em direção ao núcleo energético, ao simples. Tudo que tem alguma coisa a ver com o vivo, a ciência mecanicista evita desde o começo.
ALUNO: Quando o Senhor começou a fazer uso do raciocínio funcional?
REICH: Em 1922, quando eu fiz a primeira ligação entre instinto e prazer. Eles diziam que existia um instinto aqui, lutando por prazer ali. Mas isto não me parecia certo; eu senti que a atividade instintiva e o prazer eram uma coisa só. No entanto, eu só o fiz conscientemente em 1934. Foi na investigação do bio sistema. Também, na análise do caráter, eu o tinha inconscientemente na mesma energia reprimindo e sendo reprimida (sexualidade/moralidade). Hoje nós o fazemos conscientemente. Aqui temos uma questão: durante anos nós sabemos que a aurora boreal é um fenômeno do
orgônio. Mas eu sempre me perguntei, o que excita o orgônio na atmosfera? Qual é a sua função? Nós sempre buscamos funções pareadas, não antíteses. Este é o velho pensamento hegeliano e o nosso é bem diferente. Eles nunca tiveram o Pensamento Funcional Comum no qual as funções pareadas são idênticas. Agora como devemos encontrá-las?
orgônio. Mas eu sempre me perguntei, o que excita o orgônio na atmosfera? Qual é a sua função? Nós sempre buscamos funções pareadas, não antíteses. Este é o velho pensamento hegeliano e o nosso é bem diferente. Eles nunca tiveram o Pensamento Funcional Comum no qual as funções pareadas são idênticas. Agora como devemos encontrá-las?
ALUNO: Conseguindo mais fatos.
REICH: Exatamente. Agora, quais são os fatos? Que a aurora sempre acontece na primavera e no outono. Isto é um fato. O que acontece na primavera? Tudo desabrocha. Este é outro fato. Devemos evitar a resposta. Se fizermos a pergunta certa, tudo que temos que fazer é esperar. Seja alerta e diligente, mas não saia procurando as respostas. A natureza lhe responde, se você esperar por ela. Os mecanicistas chamam isto de não-científico. Mas não é... é ciência real. Nós só temos que viver com ela.Aqui há outra questão: por que as folhas são verdes? Os mecanicistas
acham esta pergunta estúpida: azul e amarelo fazem o verde. O que é azul? Quais são as cores das folhas no outono? Amarelo e vermelho. Mas o que é vermelho?
acham esta pergunta estúpida: azul e amarelo fazem o verde. O que é azul? Quais são as cores das folhas no outono? Amarelo e vermelho. Mas o que é vermelho?
ALUNO: Sangue.
REICH: Mas o que está no sangue? Qual é a cor do sangue no microscópio? É azul.
ALUNO: Talvez tenha algo a ver com a quantidade.
REICH: Isto é muito bom. Parece que com menos quantidade de sangue no microscópio, ele parece azul. Em grande espessura parece vermelho. O que mais é vermelho?
ALUNO: Me lembrei do sol, que é vermelho ao nascer e ao se pôr.
REICH: Este é outro fato. Mas não o considere ainda. Por que eu ainda não declarei porque as folhas são verdes? Porque eu quero ter certeza. Eu também quero saber por que elas viram vermelhas. E eu quero que esta descoberta me leve mais adiante, confirmar esta observação através de outras observações. Nós não temos que ser aceitos do dia para a noite. Nós não temos que estar no New York Times. Nós não temos que ganhar o Prêmio Nobel. Só continue observando. Você tem que ver a composição funcional da natureza. Isto leva anos. Isto é o que a maioria das pessoas não sabe; elas só falam, falam. Elas não sabem quando dizer: "Eu não sei mais”. Elas não sabem dizer: "Isso foi alguém que fez. Isto fui eu, e aquilo eu não sei”. Você tem que fundamentar cada conceito em funções antes de desenvolvê-lo mais adiante. Isto é o que eles não fazem na ciência mecanicista. Em vez de basearem o conceito em função, eles desenvolvem o conceito infinitamente. É como um sistema paranoico ou uma ideia esquizofrênica.
Eles têm um pouco da realidade, mas não a colocam num plano mais amplo. Por exemplo, eles podem fotografar o caminho de um elétron, mas eles não inserem isso em nenhum contexto. Eles explicam um desconhecido através de outro. Toda a teoria do átomo é esse tipo de superestrutura. Eles ainda não sabem o que é um átomo. Alguém protestou que a matéria formada no Experimento XX podia vir das moléculas na água. O que há de errado nisso?
Eles têm um pouco da realidade, mas não a colocam num plano mais amplo. Por exemplo, eles podem fotografar o caminho de um elétron, mas eles não inserem isso em nenhum contexto. Eles explicam um desconhecido através de outro. Toda a teoria do átomo é esse tipo de superestrutura. Eles ainda não sabem o que é um átomo. Alguém protestou que a matéria formada no Experimento XX podia vir das moléculas na água. O que há de errado nisso?
ALUNO: Ninguém nunca viu uma molécula.
ALUNO: É o raciocínio completo que é dissociado da função neurótica?
ALUNO: É o raciocínio completo que é dissociado da função neurótica?
REICH: Sim. Nós dizemos que é devido à couraça. Mas existe uma grande questão aqui. Porque diabos deveriam existir qualquer tipo de encouraçamento na natureza? Nós não sabemos.
ALUNO: Talvez tenha a ver com os hemisférios cerebrais.
REICH: Aí eu não lhe acompanho. Nós não sabemos se os hemisférios não são um efeito. Nós não sabemos.
ALUNO: Tem alguma coisa a ver com a inteligência?
REICH: Não. Os organismos mais simples são inteligentes. Suas ações têm um propósito, um significado. Eles são tão inteligentes quanto o homem em relação às atividades básicas da vida.
ALUNO: E o raciocínio abstrato?
REICH: Sem dúvida, o homem tem certas habilidades que os outros animais não têm. Mas o que o homem fez, porque se sente tão mal, foi que ele se elevou fora de proporção? Não, nós não queremos mais isto. O homem tem que ser parte da natureza. Mas não vamos nos esforçar para resolver este problema. Vamos guardá-lo no fundo de nossa mente e ver o que vem daí.A estrutura é função congelada. Você pode liberar a função — numa pedra, por exemplo — permitindo que ela inche. Nós não sabemos nada sobre este cinzeiro do jeito que ele é agora. Nós temos que ver a mudança.Nós vamos fundo, fundo, fundo na terapia. Quanto menos o paciente falar, melhor; ele revela mais expressão.Noventa por cento de toda pesquisa é uma exatidão falsa, forjada. Não diz nada. O que faz a curva do eletroscópio?
ALUNO: Vai para cima e para baixo. Isto é o que uma criança diria.
ALUNO: Vai para cima e para baixo. Isto é o que uma criança diria.
REICH: Não subestime uma criança. Uma criança sabe mais sobre a natureza do que Einstein.Tenha primeiro a impressão, depois a interpretação. Você precisa de uma base na ciência. Este é o problema com os cientistas de hoje. Eles se sentam no alto de uma chaminé, em cima de uma chaminé e então eles têm uma chaminé no alto de suas cabeças, em vez de começarem com uma base para a casa. O que é uma base em pesquisa?
ALUNO: Não dar respostas ou respostas erradas.
REICH: Qual é a sua base para suas observações do termômetro?
ALUNO: Não sei!
REICH: É sua linha zero. É com o que você compara, A base é a plataforma de onde você mede. Você faz isto o tempo todo, mas você não sabe que você sabe isto. Existem dois modos de saber um é sabendo, e o outro é saber metodicamente. Você não pode simplesmente ir de encontro às coisas; isto é o que a maioria das pessoas faz. Você tem primeiro que saber onde você está. Por exemplo, se você quiser fazer um julgamento sobre uma criança, qual é a sua base?
ALUNO: O que a criança faz.
REICH: Não. Você não pode começar com as ações da criança. Você tem que ter a sua base.
ALUNO: Comparar com uma criança normal?
REICH: Nós não sabemos o que é uma “criança normal”!
ALUNO: Você pode pegar a mobilidade ou a imobilidade.
REICH: Não. Você não pode pegar primeiro a criança.
ALUNO: Isto podia ser a opinião de um psicólogo.
REICH: Sim. O que mais você pode pegar? Você pode pegar o ponto-de-vista da nossa sociedade, ou o ponto-de-vista do exército, ou o ponto-de-vista da igreja. ALUNO: Você pode pegar o reflexo do orgasmo.
REICH: Sim, esta é a nossa base. Nós observamos a criança do ponto-de-vista da biologia. Então nós a comparamos com o resto da natureza. Podemos ver se está encouraçada ou não.
ALUNO: Podemos compará-la com outros animais.
REICH: Sim, aí nós vemos que a couraça não é uma coisa natural. Mas você não vê isso, se você observa a criança do ponto-de-vista da sociedade ou da igreja. A União Soviética, por exemplo, vê a criança inteiramente como um assunto de estado. Não é porque eles são maus ou maliciosos. É por causa da base que eles têm. Quando as pessoas não entendem nosso trabalho, é porque elas o vêem de um ângulo diferente, uma base diferente.De onde nós observamos um paciente?
ALUNO: Nós observamos um paciente como um organismo vivo.
REICH: Exatamente, como um organismo vivo, do ponto-de-vista da biologia. Se nós o olhássemos do ponto-de-vista da família, nós veríamos uma coisa bem diferente. Mas nós vemos tudo em termos da expansão e contração orgásticas. Qual é a base da medicina de hoje, ao julgar a doença?
ALUNO: Germens.
REICH: Sim, mas basicamente eles observam o paciente como uma “máquina físico-química, elétrica”. Se eu olhasse especificamente para alguém e um bioquímico também o olhasse, nós veríamos duas coisas completamente diferentes. Dentro do quadro deles, eles estão certos em suas observações. Mas eles não conhecem suas próprias bases... e eles não reconhecem nenhuma outra. Eu sei qual é a base do Einstein e eu a respeito. É com abstrações. Ele eliminou completamente o ser humano, a realidade. Ele está errado, mas eu o respeito. Sua base é a razão, a razão absoluta.
ALUNO: Mas Einstein não enfatizou o observador mais do que qualquer outro cientista?
REICH: Sim, eu entendo o que você quer dizer. Depois que ele tirou todas as emoções do observador, ele o trouxe de volta.
ALUNO: Sim, é sempre um "Observador Imaginário".
ALUNO: Qual foi a sua base quando o Senhor começou? O Senhor tinha uma base quando começou?
ALUNO: Qual foi a sua base quando o Senhor começou? O Senhor tinha uma base quando começou?
REICH: Sim, minha base sempre foi a energia. Eu gostava do raciocínio natural-científico, mas quando eu tentava aplicar o que eu tinha aprendido em física e química ao psíquico, às emoções, isto simplesmente não funcionava. Então tive que desenvolver a minha base. Como você encontra a sua base? Você tenta uma coisa, depois outra até você encontrar algo que funcione.
ALUNO: Como é que o Senhor encontrou a base para o eletroscópio? Quando o Senhor usou pela primeira vez o eletroscópio?
REICH: Na primeira vez que eu quis diferenciar eletricidade de energia orgônica. Nos experimentos de prazer/angústia (a investigação bioelétrica da sexualidade e da angústia), nossa
base era o milivolt. Mas era inconcebível que as energias gigantescas do ser humano pudessem somente ser contadas em milivolts. Nossa base estava errada, a base para a eletricidade é muito restrita. Então eu comecei a usar o eletroscópio. Na época, o eletroscópio não tinha base. Ele descarregava, mas ninguém sabia o porquê, e o conhecimento físico simplesmente o admitia; eles diziam "vazamento natural", mas isso não explicava nada. Quando eu descobri que ele descarregava mais lentamente em maiores concentrações de orgônio, então eu tinha a minha base. Sua base é o que você ganha em cada nova observação, mas em cada nova observação você tem que lembrar: “De onde ela vem?”. Sua base continua crescendo. A pesquisa começa com a observação, mas suas conclusões são alcançadas como um resultado de sua base.Quando você tiver que mudar sua base, então você fez uma descoberta inteiramente nova. Por exemplo, você não teve que mudar a sua base para ir da máquina a vapor para um automóvel? Da mesma forma quando tive que investigar a energia orgônica, tive que mudar a minha base. Freud mudou a base na psicologia do consciente para o inconsciente, do indeterminismo para o determinismo.Vamos pegar o “operário”. De que base pode ser observado o operário?
base era o milivolt. Mas era inconcebível que as energias gigantescas do ser humano pudessem somente ser contadas em milivolts. Nossa base estava errada, a base para a eletricidade é muito restrita. Então eu comecei a usar o eletroscópio. Na época, o eletroscópio não tinha base. Ele descarregava, mas ninguém sabia o porquê, e o conhecimento físico simplesmente o admitia; eles diziam "vazamento natural", mas isso não explicava nada. Quando eu descobri que ele descarregava mais lentamente em maiores concentrações de orgônio, então eu tinha a minha base. Sua base é o que você ganha em cada nova observação, mas em cada nova observação você tem que lembrar: “De onde ela vem?”. Sua base continua crescendo. A pesquisa começa com a observação, mas suas conclusões são alcançadas como um resultado de sua base.Quando você tiver que mudar sua base, então você fez uma descoberta inteiramente nova. Por exemplo, você não teve que mudar a sua base para ir da máquina a vapor para um automóvel? Da mesma forma quando tive que investigar a energia orgônica, tive que mudar a minha base. Freud mudou a base na psicologia do consciente para o inconsciente, do indeterminismo para o determinismo.Vamos pegar o “operário”. De que base pode ser observado o operário?
ALUNO: Do cultural.
REICH: Sim, este trabalho é uma necessidade desagradável, mas alguém tem que fazê-lo. A “cultura” necessita da “incultura”; este é o ponto-de-vista aristocrático. Ou você poderia observá-lo do ponto-de-vista econômico. Ou você poderia observá-lo do ponto-de-vista do estado. Como o estado o observa?
ALUNO: Se ele serve ou não.
REICH: Exatamente. Agora, como nós o observamos? Nós olhamos o operário do ponto-de-vista biológico, como um organismo vivo dentro de um sistema social. Então nós perguntamos qual é a sua função e sua influência no sistema. O elemento da responsabilidade vem espontaneamente. Se ele parar de trabalhar, o organismo vai para o inferno, e isto é o que tem acontecido neste século. Como Truman olha para o operário?
ALUNO: Pelos votos.
REICH: Não pense superficialmente. Você tem que considerar todos seriamente. Truman significa o que ele diz. Ele vê o operário como alguém que se deve ter piedade; ele quer fazer tudo para ele. Os votos são secundários. A pesquisa cientifica é uma técnica. Não é só olhar para as coisas ou medi-las. É muito excitante. A maioria das pessoas não sabe qual é a sua base? Eu acho que são muito poucas. A maioria só fala. Você tem que ensiná-los a conhecer as suas bases.
ALUNO: Sim, eu acho que as pessoas poderiam entender a nossa base, se nós a apresentássemos simplesmente.
REICH: Não! Nós é que temos de entender a base deles. Muito raramente alguém com uma base diferente aceita a sua base; isto significa que eles têm que desistir da deles. Este é o porquê deles rejeitarem a minha teoria. Se eles aceitassem, eles seriam forçados a agir; e eles não podem agir. Este é um motivo racional porque eles a rejeitam; isto os mantém unidos. Pegue uma mulher que foi casada 20 anos e está emaranhada numa situação familiar infeliz. O que aconteceria se você apresentasse a teoria do orgasmo para ela? Isto seria um crime.
ALUNO: Bem, e sobre os bebês que eu ouço os gritos do meu apartamento? Eu não devia dizer às mães para fazerem diferente?
REICH: Não. Se você tiver seu próprio bebe, crie-o do modo certo. Mostre para eles um modo melhor. Mostre para eles como seu bebê não chora e não tem os distúrbios alimentares usuais.
ALUNO: E os amigos do seu filho? Ele vai acabar entrando imediatamente na neurose.
REICH: Dê-lhe uma boa base de modo que ele não vá ao encontro dessas coisas. E isso não é tão fácil fazer como falar.
ALUNO: Então o Senhor não deveria tentar publicar um artigo sobre auto-regulação numa revista popular?
REICH: Não, não está na base deles. Comece a sua própria revista. Nós não escrevemos para qualquer pessoa. É claro que tentamos escrever simplesmente, mas nós só fazemos o nosso trabalho. Aprenda o funcionamento do To-T, aprenda o funcionamento do eletroscópio, aprenda o movimento atmosférico... e então você tem alguma coisa. Se você tentar persuadir, você se torna ideológico, não funciona e acaba como um bom-para-nada. Simplesmente faça o seu trabalho.
Siga o seu próprio caminho. Não é fácil. É uma coisa que todo mundo neste Instituto tem que aprender. Nós não trabalhamos para pessoas. Nós trabalhamos em coisas. Esta discussão entre Wilhelm Reich e seus alunos ocorreu entre 08 e 12/08/1950. Tradução livre de Orgonomic Functionalism, vol 1/Spring 1990.
REICH: Exatamente. Agora, como nós o observamos? Nós olhamos o operário do ponto-de-vista biológico, como um organismo vivo dentro de um sistema social. Então nós perguntamos qual é a sua função e sua influência no sistema. O elemento da responsabilidade vem espontaneamente. Se ele parar de trabalhar, o organismo vai para o inferno, e isto é o que tem acontecido neste século. Como Truman olha para o operário?
ALUNO: Pelos votos.
REICH: Não pense superficialmente. Você tem que considerar todos seriamente. Truman significa o que ele diz. Ele vê o operário como alguém que se deve ter piedade; ele quer fazer tudo para ele. Os votos são secundários. A pesquisa cientifica é uma técnica. Não é só olhar para as coisas ou medi-las. É muito excitante. A maioria das pessoas não sabe qual é a sua base? Eu acho que são muito poucas. A maioria só fala. Você tem que ensiná-los a conhecer as suas bases.
ALUNO: Sim, eu acho que as pessoas poderiam entender a nossa base, se nós a apresentássemos simplesmente.
REICH: Não! Nós é que temos de entender a base deles. Muito raramente alguém com uma base diferente aceita a sua base; isto significa que eles têm que desistir da deles. Este é o porquê deles rejeitarem a minha teoria. Se eles aceitassem, eles seriam forçados a agir; e eles não podem agir. Este é um motivo racional porque eles a rejeitam; isto os mantém unidos. Pegue uma mulher que foi casada 20 anos e está emaranhada numa situação familiar infeliz. O que aconteceria se você apresentasse a teoria do orgasmo para ela? Isto seria um crime.
ALUNO: Bem, e sobre os bebês que eu ouço os gritos do meu apartamento? Eu não devia dizer às mães para fazerem diferente?
REICH: Não. Se você tiver seu próprio bebe, crie-o do modo certo. Mostre para eles um modo melhor. Mostre para eles como seu bebê não chora e não tem os distúrbios alimentares usuais.
ALUNO: E os amigos do seu filho? Ele vai acabar entrando imediatamente na neurose.
REICH: Dê-lhe uma boa base de modo que ele não vá ao encontro dessas coisas. E isso não é tão fácil fazer como falar.
ALUNO: Então o Senhor não deveria tentar publicar um artigo sobre auto-regulação numa revista popular?
REICH: Não, não está na base deles. Comece a sua própria revista. Nós não escrevemos para qualquer pessoa. É claro que tentamos escrever simplesmente, mas nós só fazemos o nosso trabalho. Aprenda o funcionamento do To-T, aprenda o funcionamento do eletroscópio, aprenda o movimento atmosférico... e então você tem alguma coisa. Se você tentar persuadir, você se torna ideológico, não funciona e acaba como um bom-para-nada. Simplesmente faça o seu trabalho.
Siga o seu próprio caminho. Não é fácil. É uma coisa que todo mundo neste Instituto tem que aprender. Nós não trabalhamos para pessoas. Nós trabalhamos em coisas. Esta discussão entre Wilhelm Reich e seus alunos ocorreu entre 08 e 12/08/1950. Tradução livre de Orgonomic Functionalism, vol 1/Spring 1990.
Fonte: http://advivo.com.br/blog/antonio-ateu/polemica-a-caixa-de-energia-orgonica-de-wilhelm-reich
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