Resistência de militares israelenses atrasa por hora planos do governo de atacar Irã.
Mas um claro indicativo de que Israel se prepara para o pior cenário a ter que lidar em um futuro próximo.
Daniel-UND
Governo israelense quer atacar Irã, diz imprensa
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, e seu ministro da Defesa, Ehud Barak, são favoráveis a atacar instalações nucleares iranianas, mas o exército e os serviços secretos (o Mosad) se opõem, informou a imprensa nesta sexta-feira.
Segundo os correspondentes das principais redes de TV, Netanyahu e Barak pressionam outros membros do governo para que apoiem uma ação militar contra o Irã.
No entanto, o chefe do Estado Maior, o general Benny Gantz, responsável pelo Mosad, Tamir Pardo, o chefe dos serviços secretos militares, o general Aviv Kochavi, e o chefe do Shin Beth (Segurança Interna), Yoram Cohen, são contrários a uma intervenção.
Essa oposição deverá impedir, ao menos de forma imediata, o recurso à ação militar, segundo os jornalistas.
"O front iraniano é a prioridade", afirmou na quinta-feira o diretor do departamento político do Ministério da Defesa, Amos Gilad, citado pelo site Ynet e pelas emissoras de TV, durante um discurso para estudantes.
"Benjamin Netanyahu é o primeiro a considerar o Irã como uma ameaça maior. O ministro da Defesa compreende também a magnitude da ameaça", afirmou Gilad, afirmando que "todas as opções estão sobre a mesa".
Israel e os países ocidentais acusam o Irã de querer obter a bomba atômica com o pretexto de desenvolver um programa nuclear civil, uma acusação que Teerã rejeita.
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