Naturalmente os arquétipos não representam uma única base da aparência das representações. Enquanto constituem uma qualidade do instinto, participam de sua natureza dinâmica e possuem por conseguinte uma energia específica que determina, às vezes de uma forma constrangedora, modos de comportamento, impulsões. Isso quer dizer que, em certas circunstâncias, os arquétipos tem uma força de possessividade e de obsessão (numinosidade). Concebê-los sob a forma de daimonia (poderes sobrenaturais) corresponde perfeitamente à sua natureza.
Se alguém por acaso acreditar que uma tal formulação possa alterar de algum modo a natureza das coisas, denotará que é excessiva sua crença no valor das palavras. Os dados reais não mudam quando aplicamos a eles outros nomes.
Só nós poderíamos, casualmente, ser afetados. Se alguém concebesse "Deus" como um "puro nada" de nada atingiria o princípio que nos ultrapassa. Continuaríamos tão possuídos por ele quanto antes. Não amputamos absolutamente a realidade mudando-lhe o nome; no máximo poderemos tomar uma falsa atitude em relação a ela, se o nome novo implicar numa negação; inversamente, a denominação positiva de uma coisa incognoscível poderá colocar- nos diante dela numa atitude positiva. É por isso que quando aplicamos a "Deus" a denominação
Se alguém por acaso acreditar que uma tal formulação possa alterar de algum modo a natureza das coisas, denotará que é excessiva sua crença no valor das palavras. Os dados reais não mudam quando aplicamos a eles outros nomes.
Só nós poderíamos, casualmente, ser afetados. Se alguém concebesse "Deus" como um "puro nada" de nada atingiria o princípio que nos ultrapassa. Continuaríamos tão possuídos por ele quanto antes. Não amputamos absolutamente a realidade mudando-lhe o nome; no máximo poderemos tomar uma falsa atitude em relação a ela, se o nome novo implicar numa negação; inversamente, a denominação positiva de uma coisa incognoscível poderá colocar- nos diante dela numa atitude positiva. É por isso que quando aplicamos a "Deus" a denominação